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5 perguntas com a banda LA.MARCA


Trocamos uma ideia com o Danilo Rodrigues, vocalista da banda LA.MARCA e apresentador do Podcast "O dia depois de amanhã", se liga nesse papo irado:


FININHO: Danilo, primeiramente muito obrigado por trocar essa ideia com a Seguimos Fortes. Gostaria de saber quando o La.Marca iniciou as atividades? e quanto tempo tocando no role ?


DANILO: Eu que agradeço o espaço que vocês vêm dando às bandas independentes. Vamos lá, o La.Marca inciou as atividades em 2009, estamos completando dez anos agora em 2019. Somos contemporâneos das bandas coloridas, então imagina como era complicado quando a gente começou ...rs



FININHO: Fala um pouco sobre como é o processo de composição de vocês, como vocês constroem as músicas, o que inspira vocês a escreverem? Vocês já lançaram o que de material?


DANILO: O processo de criação vem da cabecinha do Dudu (guitarrista), a ideia sempre gira em torno de acontecimentos da nossa vida, sejam eles bons ou ruins. O Dudu sempre vem com o rascunho da letra e base e a gente vai dando vida aos sons juntos. Eu sou bem vagabundo nesse aspecto, a última música que escrevi foi pro primeiro álbum cheio, em 2012. Porém, sempre dou uns pitacos em uma frase ou outra.

Em dez anos de estrada, nos já lançamos um EP, em 2009, chamado "Subliminar" e dois discos: "Válvula de Escape", de 2012, e "A nova versão de uma velha estória", de 2018. Além disso temos mais 4 singles.



FININHO: Quais são as bandas que influenciaram o La.Marca a existir?


DANILO: De cara já digo Face to Face, sem dúvida a nossa principal influência. Mas aí pode por na conta bandas como CPM 22, CBJR, Rumbora, Garage Fuzz e Hateen, falando de bandas mais consagradas. E a gente também gosta muito de pegar referências das bandas que estão no mesmo corre que a gente, tipo Arc Over de BH, Superbrava, Versus Mare, Sempre e Cannon Of Hate (Sandrão é o melhor vocal do Brasil) e muitas outras que de certa forma estão correndo com a gente. Sempre tem banda trazendo algo bom nesse nosso meio.


FININHO: Vocês já tem uma caminhada longa, você pode dizer como era o cenário underground na época que vocês começaram? Hoje em dia algo mudou? Mudou pra melhor? pra pior? Na sua visão o que tem de negativo e o que você gostaria ver de positivo?


DANILO: Como eu disse lá na primeira pergunta, a gente surgiu na época das bandas coloridas e o fim da era emo, além disso rolava uma cena legal da molecada fazendo metal core. Porém, a gente era o meio termo disso tudo, nem lá e nem cá. Não tinha uma cena forte de hardcore e punk rock, a gente chegou atrasado uns 5 anos no rolê, então era tenso tocar. Pegamos uma fase que antecedeu o que vemos hoje, com um numero legal de bandas fazendo um som similar ou próximo do nosso.

Hoje muita coisa mudou, a internet deu uma ajudada e também uma prejudicada na coisa toda, pois virou parâmetro os números de seguidores, curtidas e plays e não o som em si. A gente vem de uma escola que o som era importante, se o som fosse bom você tinha mais chances de ser lembrado, sem contar que o boca boca era forte nessa escola que seguimos. Não sei dizer se de fato é bom ou ruim.

O que acho, sendo sincero, é que esse nosso meio precisa não só existir, ele tem que coexistir, tem muita banda boa perdida por aí. Não dá pra gente ficar mendigando oportunidade em festivais monopolizados, a gente tem que fazer a nossa cena andar. Quem tem as cartas nas mãos nesse meio pensa em grana e ao meu ver estão certos, pois não estão no rolê por curtirem e sim, pelo lucro.

Acho que é isso, posso estar cagando regra, mas até aí todo mundo caga, néh ?



FININHO: Como é pegar a estrada pra tocar tendo emprego, família, filhos, diversas responsas pessoais? É fácil conciliar tudo? Ou tem muito perrengue?


DANILO: Sabe aquela frase: " Se organizar direitinho, todo mundo transa"?

Esse é a ideia geral da coisa toda, organizando e sabendo os limites, a gente vai se virando ha 10 anos. É verdade que não tocamos todo final de semana e tocamos bem pouco fora do estado de SP, mas de forma geral estamos resistindo há 10 anos.

Perrengue rola às vezes e a gente se diverte. Tocar em uma banda de punk rock e não ter um ou outro perrengue é bem sem graça ...rs



FININHO: Pra finalizar, gostaríamos mais uma vez de te agradecer por bater esse papo conosco e também gostaríamos que deixasse uma mensagem pra galera que esta lendo essa entrevista, pra galera que se influencia pelo som de vocês, pra outras bandas que estão ai no corre e principalmente pras bandas que estão no inicio da caminhada.


DANILO: Mensagem 1: Ouçam o meu Podcast "O dia depois de amanhã", lá troco um ideia com quem faz a parada acontecer e mesmo assim consegue seguir na vida.

Mensagem 2: Ouçam as bandas independentes, consumam material independente, compartilhem esse trabalhos pois isso ajuda pra cacete.


Mensagem 3: Bandas, vamos coexistir e fazer o nosso rolê, não dependemos de ninguém, só do nosso corre. O resto vem se for feito com sinceridade e honestidade.


Mensagem 4: Pra você que está começando, se divirta com os seus amigos, aproveite o máximo que puder, sejam reais e corram juntos.


Obrigado, Seguimos Fortes, por esse espaço! Acompanho as matérias de vocês e acho que esse trabalho é importante demais pra nossa realidade. Tamo junto e no que precisar contem comigo.


BEBAM ÁGUA E TCHAU!

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