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PAPO DE BANDA - SINAYA - T1 E10 (FINAL DA TEMPORADA)

por Flávio Almeida

Salve salve leitores do Seguimos Fortes! Voltando aqui com a última entrevista do Papo de Banda, primeira temporada. Lembrando vocês aqui, fiz uma série de 10 entrevistas com 10 pessoas de 10 bandas diferentes que a minha banda, Facing Death, cruzou pela estrada durante a tour do nosso álbum From Here to the Unknown. A entrevistada da vez é a talentosa Mylena Monaco, guitarrista e vocalista da banda de Death Metal Sinaya de São Paulo. Agradeço a todos pela leitura e muito obrigado a todos os entrevistados, seguimos fortes! FAlmeida - Bom Mylena, primeiramente queria agradecer muito a sua participação aqui neste quadro e dizer que gosto muito do seu trabalho! Para dar aquela situada na galera, nos conte quando, onde e como surgiu a música e consequentemente a Sinaya na sua vida. Mylena Monaco - Primeiramente muito obrigada pelo espaço e carinho! Eu montei a Sinaya em 2010, com o objetivo de juntar mulheres que gostassem de fazer um som e ter banda como objetivo de trabalho um dia. É claro que durante o caminho muitas coisas mudaram na vida pra muitas que passaram pela Sinaya (rs), mas continuo aqui firme e forme ainda com o mesmo objetivo depois de 10 anos. Hoje em dia ''ter só mulher'' na banda não é o que me preocupa. Quero estar com gente que leve isso a sério, que toque legal e que possamos ter um bom relacionamento dentro e fora da banda. FAlmeida - Você sempre esteve à frente da Sinaya, já fez ou participou de outros projetos musicais? Mylena Monaco - Entre 2017 e 2018, fiz parte de um projeto chamado Hardgainer, gravei os vocais do primeiro material da banda. Foi uma experiência bem legal pra mim pois o estilo do vocal nas músicas não era muito o que eu estava acostumada na Sinaya, outras métricas nas letras também e outro instrumental. Posso dizer que evolui muito como vocalista. FAlmeida - Quando você percebeu que era necessário aprimorar ou mesmo desenvolver uma técnica vocal para segurar a onda gutural? Mylena Monaco - Desde quando comecei a cantar (2010), eu sabia que era necessário, pois nenhum tipo que canto que faz você machucar a garganta é saudável. Com o tempo, fui me conhecendo, conhecendo o meu corpo e aos poucos estudando a técnica. Naquela época praticamente não tinha conteúdo sobre gutural e vocais extremos, pois muitos viam como ''ah, é só gritar'' (rs). Até que eu estudei bastante sobre, e hoje eu ensino a técnica pra bastante gente do meio. FAlmeida - Hoje em dia você inclusive dá aulas de técnica gutural. Como tem sido essa fase para você e o quanto isso agrega para o desenvolvimento das atividades de composição e criação da Sinaya? Mylena Monaco - Eu amo ensinar essa técnica, desde 2017 que ensino e desde então, evoluo diariamente com meus alunos ensinando também, aprendo muito com eles. Para criação na Sinaya não mudou muito, o que tem agregado, é ouvir bandas novas, bandas diferentes, em que eu passei a me inspirar como vocalista. Me desafio sempre pra aprender uma forma nova de cantar, mesmo que sendo na linha dos guturais/rasgados, sempre dá pra gente evoluir e se inspirar em alguém que tem bastante tempo de estrada. FAlmeida - Vocês lançaram o primeiro EP em 2013 (Obscure Raids), iniciaram a trabalhar com o Pompeu (Korzus) em 2015, fizeram um single/ videoclip (Burried by Terror) e em 2018 lançaram o full-lenght Maze of Madness também com Pompeu. Nos conte como foi esse início em estúdio em 2013 e começar a trampar com o Pompeu, chegando no super conceituado Maze of Madness. Mylena Monaco - Naquela época, trabalhar com o Pompeu foi muito bom, pois ele ensinou muita coisa. Éramos muito iniciantes, nunca tínhamos gravado com uma pré produção antes, e começamos a entender muita coisa, além de nos organizar em composição, coisa que não tínhamos bem organizado e acabávamos perdendo muito tempo. Ele sempre diz ''menos é mais'' e hoje dou muito valor pra isso. É melhor você tocar de uma forma mais simples e bem feita, do que você querer fazer muita firula e não tocar legal. FAlmeida - A Sinaya tem uma carreira muito bem organizada. Quem cuida disso para que as coisas fiquem nos trilhos e saiam conforme o esperado? Mylena Monaco - Que bom que dá pra ver isso! (hahah) Eu que tomo frente de todos os Negócios na Sinaya. Com algumas pessoas que passaram pela banda isso não era muito bem visto, pois parecia que eu ''queria mandar'', e na verdade, eu só quero que as coisas funcionem como precisa ser pra dar certo. Uma banda precisa funcionar como uma empresa funciona pra poder rolar. No final a gente vê quem fica né? Mesmo tendo total organização da coisas, nem sempre saem conforme o esperado, mas de um jeito ou outro dá pra organizar de volta no lugar. O importante é ter um plano e metas a seguir pra que não saia ainda mais do controle alguma situação. FAlmeida - Vocês já tiveram algumas formações mas você é remanescente. O que significa a Sinaya para você e o quanto isso te faz querer continuar e como fazer para conciliar a banda/ tour com outras atividades? Mylena Monaco - Significa tudo pra mim, são 10 anos da minha vida dedicados a isso. Eu tenho formação em Publicidade e Propaganda também, trabalho com isso em paralelo, dou aulas, mas tudo isso pra mim, hoje, são planos B. A Sinaya sempre foi meu plano A, e vai ser enquanto eu tiver vontade de continuar nesse meio. Dá super pra conciliar, nesses 10 anos eu sempre busquei coisas que dessem pra conciliar e que fossem flexíveis caso eu precise sair pra tocar. E quando não der, a escolha será a Sinaya, ou a música onde quer que eu esteja. Foram muitas coisas boas e ruins com a Sinaya nesse tempo, mas de todos os ruins levo o aprendizado e evolução e de todas as boas, lembranças e pessoas incríveis que conheci através da banda! Não faria nada diferente! FAlmeida - Em 2019 vocês lançaram um single chamado Riddle of Death, podemos dizer que vem álbum novo por aí? Mylena Monaco - Siiim, estamos em composição pro próximo álbum. Não sei exatamente quando sairá o próximo, mas eu acredito que entre 2021 e 2022. Vai vir pancadaria por aí! FAlmeida - Outro aspecto que me chama a atenção na Sinaya é o lance do music business. Você por exemplo tem patrocínio da EMG pickups. Como é esse relacionamento e como rolou? Mylena Monaco - Eu entrei em contato com eles com o meu material e eles curtiram bastante. Em seguida já me mandaram o contrato e meus captadores. Eu uso EMG desde quando tive minha primeira guitarra, lá em meados de 2010, e fiquei muito feliz de poder ter o apoio deles! É muito bom ter o apoio de uma marca que você curte de verdade. FAlmeida - Mais uma vez Mylena, muito obrigado em topar participar aqui desse quadro! Use o espaço para divulgar e deixar o seu recado aqui para a rapaziada! Mylena Monaco - Obrigada você Flávio, pelo espaço! Fiquem de olho nas redes sociais da Sinaya, sempre tem coisa nova rolando! www.sinayaofficial.com www.instagram.com/sinayaofficial facebook.com/sinayaofficial twitter.com/sinayaofficial FAlmeida - A Sinaya é uma baita de uma banda, brasileira, com repercussão internacional e liderada pela Mylena que, além de ser a compositora e cantora, encara a atividade da banda com muito profissionalismo, é para se espelhar nesse trampo! Como de costume, indico aqui 2 músicas da banda para que seja a porta de entrada para quem ainda não conhece o trabalho. A primeira é a espetacular Bath of Memories, do disco Maze of Madness de 2018. Uma chamada de guitarra abre as portas dessa canção, que me remete ao bom e velho Death Metal, mas também tem algo de hardcore nova-iorquino ali na minha opinião, com as bases groovadas e a impressão vocal, que fica mais evidente a partir do 1:50 min, depois temos um solo fritado pra finalizar e voltar com o groove, sensacional! A segunda música que eu indico é o último single, Riddle of Death de 2019. Como a Mylena cita aqui na entrevista, essa canção é uma amostra do que por aí, álbum novo! O groove e peso estão bem representados aqui, mas vejo uma banda mais madura tecnicamente, principalmente no desenvolvimento e dinâmica vocal, é escutar e ficar na espera do próximo trabalho, não deixando de curtir toda discografia da banda.




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