Por Flavio Almeida
Salve salve leitores do Seguimos Fortes!
Para inaugurar esse novo espaço do site, decidi fazer um post de reflexão e colocar aqui minha opinião sobre o que pode acontecer com bandas, produtores, casa de shows entre outros, durante e após a pandemia, pois a verdade é que não é só "uma gripezinha".
É verdade que a pandemia em curso fez, está fazendo e ainda fará muito estrago no mundo da música. Bandas pararam de cair na estrada, de fazer seus shows, de movimentar um pequeno mundo que já não era dos mais rentáveis, mas que era sustentado pelas próprias bandas, casas de shows e um pequeno público. Entretanto, será que o mundo do rock alternativo, o underground, a cena ou seja lá como você quer chamar, irá sofrer alguma mudança importante, benéfica, que faça o meio se auto reciclar e quem sabe evoluir?
Bem, não consigo ter uma certeza sobre isso, mas proponho aqui uma reflexão. Trará o covid-19, algum benefício para uma atividade cultural que era quase insustentável?
O que posso observar, no meio desse furacão (se é que isso tem começo meio e fim) é que um monte de bandas vem tentando e se esforçado para manter a chama acesa. Isso é animador, isso é "true'', isso é DIY na sua mais pura essência. No mundo das lives, quem se destaca são as bandas que durante o seu percurso, mantinham uma organização em produzir materiais e gerar conteúdo, não necessariamente o ato em produzir lives, mas sim da capacidade de cada banda em se reinventar.
Posso citar aqui algumas bandas/ produtoras que tem feito um baita conteúdo legal, que ao meu ver, mostram a capacidade delas em tocar um show bem tocado, sair em turnê com organização, promover tours e criar a sua obra:
Deb and The Mentals (SP): Constantemente lançam no seu perfil do Instagram, um vídeo de algum fã tocando determinada música e a vocalista, Deb Babilônia, canta essa canção. É como se trouxesse o fã para frente do palco, junto com a banda, demais!
Confira aqui as sessões TOCAJUNTO:
https://www.instagram.com/p/B_A0nKHncjd/
Molho Negro (Belém-PA): As sessões de isolamento são muito criativas, onde cada integrante aparece tocando o seu instrumento e em um jogo de edição muito doido, com requintes de Molho Negro, tudo vai se transformando em uma canção, criativo e muito legal!
Astronova (Jundiaí-SP): No meio do fogo, juntaram os amigos e criaram um conteúdo que será lançado em breve, onde cada fã interpreta a canção da banda a sua maneira. O conteúdo foi criado de forma colaborativa, finalizado e editado pela própria banda. Enquanto esse novo material não sai, se liga no som dos caras:
Fusa Booking + D'Outro Lado (SP): Rolou uma live incrível no inicio de Abril/ 2020 com mais de 40 bandas, de vários lugares do mundo, com pelo menos 1 integrante de cada banda tocando uma música. Uma baita iniciativa, bem editado, um projeto que foi colocado de pé com rapidez e muita competência.
Enfim, esses são apenas alguns exemplos do que está rolando. A arte não tem fim, as bandas se reinventam, dão um jeito, seguem em frente. Mas uma coisa é clara para mim, muitas bandas, casas de shows, produtores e entusiastas cairão, mas não por causa do Covid, por eles mesmos, pela falta de organização, pela falta de profissionalismo e talvez porque queriam mesmo não estar mais ali. A pandemia pode ter adiantado as coisas para alguns, mas como sempre no meio underground, os ciclos vão e vem, ficando somente aqueles que já estavam ali e continuaram a todo custo, com organização, seriedade e profissionalismo. Por isso é muito importante consumirmos esse tipo de conteúdo e ajudarmos com meios do tipo apoia-se e tudo o que estiver ao nosso alcance, para que seja possível seguir em frente, assim seguimos fortes!
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